ÚLTIMAS NOTÍCIAS

domingo, 28 de fevereiro de 2016

É mais perigoso ir ao Brasil com zika ou à Istambul com ataque terrorista?

1. Ir ao Brasil, epicentro do vírus da zika, para a Olimpíada.

2. Visitar Istambul, onde oito turistas alemães morreram em um ataque terrorista no mês passado.

3. Viajar pelas estradas da Tailândia.

4. Permanecer em casa para trabalhar no projeto de reforma da casa há muito adiado.

É complicado, mas não se trata de uma pergunta capciosa: não há resposta errada. A forma de se medir o risco se baseia em fatores complexos, incluindo pessoais. Mosquitos podem adorar você, o terrorismo pode ter tocado você diretamente, seu marido pode ser um péssimo motorista e aquele projeto pode incluir a remoção de amianto.

O número de americanos que estão fazendo esses cálculos está crescendo: estamos viajando ao exterior cada vez com mais frequência e para um número maior de locais, porque nosso mundo globalizado –Starbucks em 65 países!– parece cada vez menor e mais seguro. Até não estar. O vírus da zika está se espalhando pelas Américas não muito depois da chikungunya ter infectado milhares de viajantes americanos ali e o ebola ter assolado a África Ocidental. E não se restringe a doenças: recentes ataques terroristas visando turistas (Tunísia, Egito, Istambul) e áreas turísticas (Paris) também tornaram essas decisões mais difíceis.

"Há muita coisa acontecendo no mundo", disse Daniel Durazo, diretor de comunicações da Allianz Global Assistance USA, que vende seguro para viagem. "Há muito barulho por aí sobre os riscos de viajar."

Mas geralmente somos terríveis em ajustar o volume.

"O quão assustado você fica trata-se de uma emoção, não de uma estatística", disse David Ropeik, um consultor de risco e autor de "How Risky Is It, Really?" (Quão arriscado realmente é? em tradução livre, não lançado no Brasil). Como atestarão os fãs de casas assombradas, risco e ser assustado são duas coisas diferentes. Mas como aponta Ropeik, na batalha entre seu instinto e seu cérebro, seu instinto vencerá. Uma forma de fazer escolhas sensatas como viajante é empurrar seu instinto na direção da razão, ao alimentá-lo com informação precisa, algo que é mais fácil de dizer do que fazer.

Zika e terrorismo são as mais recentes ameaças em altos decibéis. Mas também há alguns silêncios ensurdecedores. Por exemplo, você ouve falar muito pouco sobre a principal causa de mortes não naturais de americanos no exterior: acidentes com veículos motorizados.

Segundo os mais recentes números disponibilizados pelo Departamento de Estado, 233 americanos morreram no exterior em acidentes de carro, ônibus ou moto entre julho de 2014 e junho de 2015. Outras causas de morte (homicídio, suicídio e afogamento) também superam em muito o terrorismo. Dezesseis americanos morreram por "ação terrorista" nesse período, todos, com exceção de quatro, em lugares que você já sabia que não devem ser visitados: Síria, Líbia, Afeganistão e Somália.

Até mesmo permanecer nos Estados Unidos nem sempre protege você. Repetidos estudos mostraram que depois dos ataques do 11 de Setembro, muitos americanos desistiram de viagens aéreas, preferindo dirigir, resultando em pelo menos centenas de mortes adicionais nas estradas. Olhando para trás, teria sido melhor voar. Mas naquele momento, ninguém sabia dizer se mais aviões seriam sequestrados e o medo era intenso. "Não saber representa uma vulnerabilidade e impotência, e isso eleva a precaução instintivamente", disse Ropeik.

Uma espécie de incerteza semelhante está ocorrendo no momento em relação ao vírus da zika, ajudada por reportagens dramáticas. Algumas pessoas que conheço até mesmo combinaram o risco potencial do vírus a mulheres grávidas –ele é suspeito de causar um defeito de nascença chamado microcefalia– à doença relativamente branda que causa na maioria das pessoas, se é que chegam a sentir os sintomas.

O antídoto é boa informação. Os viajantes devem procurar informações específicas para eles em sites como o dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), que orienta mulheres grávidas a não viajarem, mas limita seus alertas às demais pessoas a se prevenirem contra picadas de mosquitos, em vez de mudarem seus planos de viagem. O Departamento de Estado ainda não emitiu nenhum alerta de viagem a respeito da zika (nem emitiu nenhum alerta a respeito do atual terrorismo na Europa, apesar de mencionar Istambul em seu alerta sobre a Turquia, principalmente envolvendo o sudeste do país).

O dr. Martin Cetron, diretor da Divisão de Migração Global e Quarentena dos CDC, me disse que mesmo o alerta para mulheres grávidas é baseado em suspeita, não em elos comprovados.

"Em uma era de incerteza", ele disse, "é razoável adotar uma abordagem cautelosa e dar um passo para trás, em vez de adotar uma abordagem desdenhosa de que as consequências não acontecerão, e perder a oportunidade de proteger os indivíduos". Mas "também não queremos ir ao outro extremo e dizer que de agora em diante ninguém deve ir a esses lugares", ele disse.

Se você decidir ficar em casa, tenha em mente que isso traz seus próprios riscos.

"Temos mais medo do que não é familiar do que do que é familiar", disse Ropeik.

Mas enfrentamos riscos de longo e curto prazo todo dia: comendo fast food, caminhando sob um guindaste e atravessando ruas movimentadas, sem contar bebendo água contaminada por chumbo.

Arthur Frommer, o octogenário guru dos guias de viagem, adicionou ainda mais um: "Recentemente me chamou a atenção o fato de você enfrentar um risco maior nos Estados Unidos  de se deparar com violência envolvendo armas de fogo do nos destinos populares para as quais as pessoas viajam".

Ele notou que Tim Fischer, um ex-vice-primeiro-ministro da Austrália, sugeriu recentemente que seu país emitisse um alerta de viagem a respeito da predominância generalizada de armas de fogo nos Estados Unidos; o governo não o fez, mas diz aos australianos em seu site Smartraveller (viajante inteligente): "É preciso estar vigilante para a possibilidade de crime armado em todas as partes dos Estados Unidos".

Alguns americanos poderiam argumentar que os Estados Unidos são na verdade mais seguros por causa da ampla presença de armas; logicamente, eles poderiam optar por adiar uma viagem à Austrália.

Em vez de suspender uma viagem –ou se tornar um eremita– a melhor forma de permanecer seguro é reduzir o risco na estrada. Pode ser usando religiosamente repelente de mosquito na Olimpíada, tomando transporte público na Nova Zelândia e passando menos tempo nas grandes cidades europeias e mais nas cidades pequenas.

Outra forma de reduzir um pouco o risco é atenuar o impacto de crises potenciais ao, digamos, comprar um seguro de evacuação médica. Manter uma lista dos principais hospitais e telefones de emergência à mão também ajuda. O aplicativo gratuito TravelSmart da Allianz coloca essa informação em seu telefone, apesar de que nos países em desenvolvimento, eu checaria o site JustLanded.com para o número do serviço privado de ambulância.
Tradutor: George El Khouri Andolfato

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Mulher é agredida no Carnaval após negar beijo a homem

Ludmylla foi agredida no circuito Dodô (Barra-Ondina) - Foto: Arquivo Pessoal

  • Ludmylla foi agredida no circuito Dodô (Barra-Ondina)
A nutricionista Ludmylla de Souza Valverde, 27 anos, foi agredida com um copo durante o Carnaval de Salvador após negar um beijo a um folião. O caso ocorreu no circuito Dodô (Barra-Ondina), na última sexta-feira, 7. Ludmylla prestou queixa na 14ª Delegacia Territorial, mas a Polícia Civil ainda não tem informações sobre o autor da agressão.

A moça curtia a passagem dos trios acompanhada da irmã Thaianna de Souza Valverde, na pipoca, onde ficam os foliões sem abadás. Dois homens que estavam no bloco "Eu Vou", comandado pela banda Aviões do Forró, se aproximaram e um deles teria assediado as mulheres.

Após ver a irmã sendo assediada, Ludmylla pediu para que os foliões se afastassem, porém, foi empurrada por um deles. A nutricionista revidou o empurrão e foi atingida no rosto por um copo acrílico arremessado pelo outro homem. A moça afirma que teve um corte da testa e chegou a desmaiar após ser atingida pelo copo.

A delegada Carmen Dolores Bittencourt, titular da 14ª Delegacia, que investiga o caso, afirmou que câmeras instaladas no circuito serão analisadas para tentar identificar os envolvidos no caso. Caso sejam identificados, os envolvidos poderão responder por assédio e lesão corporal, segundo ela.

Nutricionista levou oito pontos após corte e ficou com olhos roxos (Foto: Arquivo Pessoal)
© Fornecido por Abril Comunicações S.A. scientist freeze
Seres microscópicos que foram mantidos congelados por mais de três décadas foram reanimados.
Os tardígrados de 1 milímetro de comprimento foram colhidos de uma amostra de musgo congelado da Antártida em 1983, segundo um artigo recém-publicado na revista Cryobiology.
O Instituto Nacional de Pesquisas Polares do Japão guardou os bichinhos segmentados, com oito pernas, por pouco mais de 30 anos. Dois dos animais, também conhecidos como ursos-d’água ou porquinhos-do-musgo, foram descongelados e reanimados no início de 2014.
tardígrado © Fornecido por Abril Comunicações S.A. tardígrado O recorde anterior de tempo que um tardígrado passou congelado antes de ser reanimado foi oito anos.
A BBC informou que um dos tardígrados morreu 20 dias depois do início do experimento. Mas seu companheiro sobreviveu e conseguiu reproduzir-se com um terceiro tardígrado nascido de um ovo congelado. O animal então pôs 19 ovos, 14 dos quais sobreviveram.
Os tardígrados são encontrados vivendo na água em todo o mundo. São conhecidos por serem resistentes, e alguns deles sobreviveram por vários dias depois de ser enviados ao espaço.
De acordo com o jornal japonês Asasi Shimbun, quando enfrentam temperaturas baixas, o metabolismo desses animais desliga e eles entram em um estado criptobiótico.
O recorde anterior de sobrevivência de tardígrados sob condições de frio extremo foi oito anos. “O estudo atual estende consideravelmente o tempo conhecido de sobrevivência de longo prazo da espécie tardígrada”, escreveram pesquisadores no artigo recém-publicado.
verme © Fornecido por Abril Comunicações S.A. verme Um verme nematódeo foi reanimado depois de passar 39 anos congelado a baixíssima temperatura.
O pesquisador líder, Megumu Tsujimoto, disse que a equipe agora quer “elucidar o mecanismo de sobrevivência de longo prazo, analisando os danos causados ao DNA dos tardígrados e sua capacidade de repará-los”.
Mas os tardígrados ainda têm algum caminho a percorrer para quebrar o recorde de sobrevivência em estado congelado, que hoje pertence ao verme nematódeo, um dos quais sobreviveu congelado por 39 anos antes de ser reanimado.
Este artigo foi originalmente publicado pelo HuffPost US e traduzido do inglês.

Homens: carnaval não é lugar de mulher solteira, diz pesquisa

© Fornecido por Notícias ao Minuto

Uma pesquisa feita pelo Instituto Data Popular, em contribuição à campanha Carnaval Sem Assédio, revela que a maior parte dos homens afirmam que mulher solteira vai pular carnaval não pode reclamar de ser cantada.
Segundo o portal Clicrbs, a pesquisa foi feita entre os dias 4 e 12 de janeiro, com 3,5 mil brasileiros com idade igual ou superior a 16 anos, em 146 municípios.
"O que existe por parte dos homens é uma naturalização do machismo", disse o presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles.
A pesquisa revelou que 61% dos homens abordados afirmaram que uma mulher solteira que vai pular carnaval não pode reclamar de ser cantada; 49% disseram que bloco de carnaval não é lugar para mulher "direita"; e 56% consideram que mulheres que usam aplicativos de relacionamento não querem nada sério.
A sondagem também revelou a percepção dos homens em relação ao que as mulheres pensam sobre o assédio. Para 70% dos homens, as mulheres se sentem felizes quando ouvem um assobio, 59% acham que as mulheres ficam felizes quando ouvem uma cantada na rua e 49% acreditam que as mulheres gostam quando são chamadas de gostosa.
© Fornecido por Notícias ao Minuto
Uma pesquisa feita pelo Instituto Data Popular, em contribuição à campanha Carnaval Sem Assédio, revela que a maior parte dos homens afirmam que mulher solteira vai pular carnaval não pode reclamar de ser cantada.
Segundo o portal Clicrbs, a pesquisa foi feita entre os dias 4 e 12 de janeiro, com 3,5 mil brasileiros com idade igual ou superior a 16 anos, em 146 municípios.
"O que existe por parte dos homens é uma naturalização do machismo", disse o presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles.
A pesquisa revelou que 61% dos homens abordados afirmaram que uma mulher solteira que vai pular carnaval não pode reclamar de ser cantada; 49% disseram que bloco de carnaval não é lugar para mulher "direita"; e 56% consideram que mulheres que usam aplicativos de relacionamento não querem nada sério.
A sondagem também revelou a percepção dos homens em relação ao que as mulheres pensam sobre o assédio. Para 70% dos homens, as mulheres se sentem felizes quando ouvem um assobio, 59% acham que as mulheres ficam felizes quando ouvem uma cantada na rua e 49% acreditam que as mulheres gostam quando são chamadas de gostosa.